Por Centro de Proteção a Jornalistas Palestinos 534y5r
O Centro de Proteção a Jornalistas Palestinos (PJPC) condena veementemente o assassinato de cinco jornalistas palestinos em ataques separados realizados hoje, domingo, pelas forças de ocupação “israelenses” na Faixa de Gaza — transformando o mês de maio, que marca o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, em um cemitério para jornalistas em Gaza.
De acordo com o monitoramento do centro, os jornalistas Abdul Rahman Al-Abadleh, Aziz Al-Hijjar, Ahmad Al-Zeinati, Khaled Abu Saif e sua esposa, a jornalista Nour Qandeel, foram assassinados em ataques aéreos que tiveram como alvo suas casas ou áreas de deslocamento.
O centro observou que o jornalista Abdul Rahman Al-Abadleh foi morto em um ataque aéreo “israelense” na cidade de Al-Qarara, no sul de Gaza, enquanto o jornalista Aziz Al-Hijjar foi martirizado, juntamente com sua esposa e filhos, em um violento bombardeio em Be’er Al-Na’ja, no norte de Gaza.
A jornalista Nour Qandeel, seu marido Khaled Abu Saif e sua filha pequena foram mortos em um ataque aéreo que atingiu sua casa em Deir Al-Balah, no centro de Gaza. No campo de Sanabel, perto do hospital de campanha do Kuwait, a oeste de Khan Younis, o jornalista Ahmad Al-Zeinati, sua esposa Nour Al-Madhoun e seus dois filhos, Mohammad e Khaled, foram mortos quando um ataque aéreo atingiu seu abrigo.
Isso eleva o número de jornalistas palestinos martirizados desde o início do ataque “israelense” a Gaza, em 7 de outubro de 2023, para aproximadamente 222 jornalistas, muitos dos quais foram mortos com suas famílias, em suas casas ou enquanto realizavam reportagens em campo, de acordo com organizações de imprensa locais e internacionais.
O Centro de Proteção a Jornalistas afirma que esses crimes refletem um padrão sistemático de ataques a equipes de mídia, em flagrante violação ao direito internacional humanitário, que proíbe ataques a jornalistas como civis com proteção especial durante conflitos armados, conforme descrito no Artigo 79 do Protocolo Adicional I às Convenções de Genebra.
O Centro pede uma investigação internacional urgente e independente sobre esses crimes e a responsabilização dos líderes da ocupação por emitirem ordens de assassinato. Também insta a comunidade internacional e todas as instituições de direitos humanos e de mídia a agirem imediatamente para proteger os jornalistas palestinos e garantir que os autores das violações contra eles sejam levados à justiça.
O Centro enfatiza que o que está acontecendo em Gaza representa uma das ondas mais mortais de assassinatos em massa de jornalistas da história moderna, em meio ao silêncio internacional suspeito e à cumplicidade de algumas partes que ignoram esses crimes.
Ressalta que as tentativas da ocupação de silenciar a voz da verdade não conseguirão apagar a narrativa palestina, nem impedirão os jornalistas palestinos de continuar sua missão profissional e humanitária — não importa o quão alto seja o preço.
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