Ministra afirma que não tem planos de deixar o governo e vê apoio se ampliar em momento de pressão extrema 2l511y
Os ataques sofridos pela ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal não arão batido. Segundo relatou o UOL, a ministra estuda processar os senadores que protagonizaram as baixarias misóginas contra ela, como Plínio Valério (PSDB/AM), Marcos Rogério (PL/RO) e Omar Aziz (PSD/AM).
A reação de lideranças políticas e sociais às agressões verbais sofridas por Marina no Senado deram oxigênio extra para a ministra em um momento delicado. Auxiliares da ministra indicam que ela pretende aproveitar a situação para contra-atacar em defesa da pauta ambiental.
“Foi inaceitável. Ali havia o propósito de atacar a agenda ambiental, de intimidação, de silenciamento. Se permanecesse, me tornaria cúmplice. Me retirar foi um ato político. Nós podemos nos levantar diante de situações a que fomos submetidas durante tantas décadas, milhares de anos”, disse Marina em entrevista à Folha.
Já dentro do governo, ainda não há um consenso sobre uma resposta aos ataques contra Marina no Senado. Segundo o g1, apesar da (pequena, vale ressaltar) ala feminina na Esplanada dos Ministérios, a maior parte dos colegas de governo, todos homens, preferiram o silêncio até agora, mesmo caminho adotado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP).
“Às vezes, as pessoas ficam tão chocadas com aquela atitude e não sabem o desdobramento, que não tomam essa atitude. Mas, se eu estivesse lá, provavelmente, eu agiria. É isso que a gente precisa: que os nossos parceiros, que as pessoas, de fato, se mobilizem, tenham coragem”, disse a nova ministra das Mulheres, Márcia Lopes, em sua cerimônia de posse na última 4a feira (28/5), repercutida por Agência Brasil, Correio Braziliense, Folha e Poder360.
A Folha noticiou que o Instituto Vladimir Herzog (IVH) protocolou nesta 4a feira (28/5) uma representação na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal em que solicita a apuração das condutas dos senadores Plínio Valério e Marcos Rogério.
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Foto: Valter Campanato / ABr