Redes sociais, disciplina e manipulação. Por Mauro Luis Iasi 4l1m3f

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“Eu para mim é pouco” — Maiakóvski 4u2x4q
“Se considerarmos essa publicidade num país capitalista altamente desenvolvido em sua totalidade social, ela pressupõe (…), como Hitler já havia constatado, uma influenciabilidade quase ilimitada dos homens, da crença de que qualquer coisa lhes poderá ser sugerida, desde que se descubra o método correto de fazê-lo.” — Lukács em Para uma ontologia do ser social, volume II 732f16

Em um debate recente com meu amigo Valter Pomar, promovido pelo SINASEFE de Sergipe, o dirigente petista colocou uma questão que me parece da maior relevância e nos instiga à reflexão. Pomar afirmou que a extrema direita, através das redes sociais, logrou produzir uma disciplina em sua base de massa — entendida como a capacidade de uma ação eficaz e homogênea —, ao mesmo tempo em que falta a disciplina na perspectiva de esquerda. Ressaltou, contudo, que esta não poderia ser alcançada pela esquerda pelos mesmos meios, mas através de formas coletivas de organização e luta.

Pode parecer um paradoxo a busca da disciplina, uma vez que no campo da ação política da extrema direita ela parece se apresentar como inseparável da manipulação e do irracionalismo, ao o que esperamos uma ação consciente e emancipatória. Acredito, no entanto, que aqui se apresenta um tema que pode lançar luz, ao mesmo tempo, sobre os métodos e caráter da manipulação da extrema direita e suas significativas diferenças em relação à práxis transformadora.

Max Weber concebia o significado da disciplina como parte integrante da racionalidade instrumental, de forma que ela seria a “execução da ordem recebida, coerentemente racionalizada, metodicamente treinada e exata, na qual toda crítica pessoal é incondicionalmente  eliminada  e o agente se torna um mecanismo preparado exclusivamente para execução da ordem” (Weber, 1979, p. 291). Como o sociólogo compreensivo compreende a ação social tendo o indivíduo como sujeito orientado por valores, a ordem capitalista moderna, fundada na forma burocrática e na disciplina, produziria uma inevitável redução do carisma pessoal com a crescente necessidade de racionalização das necessidades econômicas e políticas, e lamenta o fato de que tal processo universal “restringe cada vez mais a importância do carisma e da conduta diferenciada individualmente” (idem, p. 302).

Para o sociólogo alemão o sentido desta ação social típica se expressaria na “necessidade das camadas sociais, privilegiadas através das ordens política, social e econômicas existentes, terem ‘legitimadas’ as suas posições sociais e econômicas”, e completa afirmando que essas camadas sociais privilegiadas assim esperam ver “essas posições transformadas de relações de poder apenas de fato em um cosmo de direitos adquiridos, e saber que, assim, estão santificadas” (ibidem). Aqui, como em outros casos, Weber compreende bem o fenômeno, mas não encontra saída fora da resignação. Para ele, a alternativa socialista expressava o aprofundamento da ordem burocrática e da disciplina e, portanto, da restrição máxima “conduta diferenciada individualmente”.

O que perambula pela cabeça de Weber como uma contradição insolúvel na verdade é o desconforto das ideias que se tornam não correspondentes com  o desenvolvimento histórico do modo de produção que lhe serve de base. A sociedade da livre concorrência, do livre mercado e da iniciativa pessoal se tornava fria e peremptoriamente a sociedade dos monopólios. No entanto, se o sociólogo se permitisse seguir sua compreensão em uma direção diversa, descobriria que seu adorável indivíduo, como cápsula individualista — ou, na expressão de Norbert Elias (1994), o homo clausus —, está longe de perder a centralidade ideológica na ordem burguesa plenamente desenvolvida.

Nossa premissa é que a ordem disciplinar burocrática, que emerge da organização industrial capitalista,  não é antagônica ao individualismo; pelo contrário, o reforça e encontra nele uma de suas bases essenciais que, como veremos, é a materialidade do valor que aparece na ideologia.

Aquilo que escapa a Weber não a desapercebido por Lukács (2013) quando reflete sobre a natureza do estranhamento no modo de produção capitalista plenamente desenvolvido. Nosso mestre húngaro parte de uma premissa que encontra em Marx, segundo a qual devemos evitar considerar a sociedade como uma abstração diante dos indivíduos que a compõem, uma vez que o indivíduo é o ser social, concluindo que:

“a vida individual e a vida genérica do homem não são diferentes, por muito que – e isto é necessário – o modo de existência da vida individual seja um modo mais específico ou mais geral da vida genérica, ou por mais que a vida genérica constitua uma vida individual mais específica ou mais geral” (Marx, 1993, p. 195-196).

Ocorre que a forma mais específica (ou particular) do ser social sob o capitalismo tende a fragmentar sua dimensão genérica; no raciocínio de Marx, o ser social aparece como indivíduos isolados na sociedade civil, genéricos somente na alienação do Estado e do Direito.

Por essa aproximação, a massificação ou as formas homogêneas resultantes da ordem burguesa intensificam o indivíduo particular e obscurecem o ser genérico, impedindo a verdadeira individuação e fortalecendo o individualismo (Vaisman, 2013, p. 151). Tal processo implica em que, “na vida privada dos homens, a particularidade deve dominar de modo absoluto o ser do homem, mediada pela manipulação consumada de todas as manifestações vitais” (Lukács, 2013, p. 793).

A relação entre a extrema direita e a propaganda como instrumento político de massificação é antiga, como se revela na epígrafe que apresenta nosso texto. Lukács denominará esse processo pelo princípio da “influenciabilidade extrema” (idem, p. 797), ou seja, a convicção de que qualquer valor pode ser sugerido uma vez que se encontre o método correto para tanto. No entanto, a eficácia de tal método está ligada à paricularidade do ser social que oculta sua genericidade. Diz Lukács: “Aquilo que o homem considera, neste nível, como sua personalidade, via de regra, é apenas a sua singularidade que assumiu feição social.”

Quando se trata da extrema direita, este mecanismo universal da ordem capitalista — a manipulação —  assume uma feição específica. Uma vez que devemos compreender o nazifascismo do ponto de vista socio-histórico, continua Lukács:

“(…) é importante ter sempre em mente que as formas conservadoras e, sobretudo, as formas pronunciadamente reacionárias de entrega do indivíduo ao que ele percebe como ‘sua causa’, de acordo com a sua tendência principal, seguram e fixam os homens no nível de sua particularidade e não desencadeiam um movimento nele visando à superação dela (…) ele liberara em seus asseclas e subordinados todos os maus instintos da particularidade, também, e sobretudo aqueles que, no cotidiano normal, costumam ser reprimidos pelo homem particular mediano” (idem, p. 790-791).

Podemos concluir que a massificação da ação política da extrema direita, potencializada pelos meios digitais orientados por algoritmos, produz uma eficaz disciplina que reforça a fragmentação individualizante e alienada. É necessário relembrar que tal eficácia se encontra no fato de que não se trata de meras ideias e valores, mas que são expressão da sociabilidade capitalista fundada na ordem das mercadorias, da exploração capitalista e, portanto, do fetichismo e da reificação.

A base objetiva dos valores ideológicos presentes na ação da extrema direita neofascista explica, inclusive, a reação da direita tradicional que a ela se opõe como uma reação “de formas exteriormente democráticas”. A rejeição aparentemente democrática ao fascismo se apoia na substância comum dos valores da ordem do capital, portanto, no indivíduo e na noção abstrata de liberdade como fundamento da democracia moderna. Tal postura permite que o alvo da rejeição à extrema direita dirija-se primordialmente contra o socialismo, centrado em um ataque contra a ideologia em geral, suposta racionalidade objetiva do indivíduo, de forma que “à manipulação brutal é contraposta uma mais refinada” (idem, p. 793).

Revela-se assim o equívoco de parte dos companheiros que acreditam poder disputar com a extrema direita no terreno que lhe é próprio e beneficiar-se do resultado disciplinar da mesma forma que os fascistas. A indagação, portanto, é: qual a natureza da disciplina que precisamos, e quais as formas de alcançá-la? Seria a disciplina por nós desejada substancialmente diversa daquela que serve à extrema direta e à direita?

Concordando com Valter Pomar que a disciplina no campo revolucionário é de outra natureza e, portanto, os meios para alcançá-la são qualitativamente distintos, emos a analisar o tema nessa direção.

Antes de tudo, devemos enfrentar a crítica vinda de certos setores que afirmam que toda e qualquer disciplina, assim como formas organizativas (como sindicatos, partidos, movimentos sociais etc.), seriam invariavelmente contrárias à ação emancipatória dos trabalhadores, tal como defendem os adeptos da ação direta. Para nós não se trata de uma mera questão de ortodoxia ou tradição, mas de responder se o enfrentamento contra as classes dominantes e seus instrumentos centralizados pode ou não se dar sem a constituição de uma unidade de classe.

Comecemos por lembrar Antônio Gramsci e seu raciocínio sobre a importância da organização e da ação unitária. Em um artigo apócrifo de 1919, escrito em colaboração com Palmiro Togliatti e publicado no L’Ordine Nuovo, Gramsci dirá que:

“O Estado socialista existe já potencialmente nas instituições da vida social, características da classe trabalhadora explorada. Coligar entre os trabalhadores estas instituições, coordená-las e subordiná-las a uma hierarquia de competência e de poderes, centralizá-las fortemente, embora respeitando as necessárias autonomias e articulações, significa criar desde já uma verdadeira e própria democracia operária em contraposição eficiente e ativa com o Estado burguês, preparada desde já para substituir o Estado burguês em todas as suas funções essenciais de gestão e de domínio do patrimônio nacional” (GRAMSCI, 1976, p. 337-338). 

Portanto, a combinação exata entre o respeito à autonomia necessária e a centralização que constitui a força coletiva e organizada da classe contra seus inimigos.

Para Gramsci pertencemos sempre a determinados grupos, aqueles com os quais partilhamos uma concepção de mundo, um modo de pensar e de agir, concluindo que somos sempre “conformistas de algum conformismo, somos sempre homens-massa ou homens coletivos” (Gramsci, 1999, p. 94). Entretanto — e aqui emerge a diferença essencial que queremos apontar —, a questão para o comunista sardo é perguntar-se a que tipo histórico de conformismo, a quais homens-massa pertencemos.

No senso comum nossa concepção de mundo se apresenta de forma bizarra, isto é, ocasional e desagregada, uma vez que é composta de partes aleatórias das diferentes conexões que o indivíduo estabelece em sua vida e em seus laços particulares com a realidade. Uma visão crítica do mundo pressupõe identificar esses elementos “como produto do processo histórico até hoje desenvolvido, que deixou em ti uma uma infinidade de traços acolhidos sem análise critica” (ibidem), até chegar a uma visão de mundo unitária e coerente.

Como vemos, enquanto a manipulação se apoia na fragmentação do ser social e na consciência própria da particularidade imediata deste ser, a consciência crítica pressupõe a análise criteriosa de nossa concepção de mundo imediata como produto histórico, portanto, como ser genérico. Como afirma Lukács (2013, p. 794), a formação humana sob a ordem econômica e ideológica organizacional reduz todos os indivíduos “singulares ao limite da particularidade que lhes parece irrevogável”. Os seres humanos, todavia, podem ter a possibilidade de uma “individualidade real”, uma vez que busquem a superação do estranhamento (idem, p. 795).

Ao nosso ver, essa possibilidade reside no fato de que mesmo um ser humano reduzido a condição de um indivíduo serializado (Sartre, 1979) e submetido ao estranhamento ainda é um ser social. A fragmentação deste ser social em indivíduos isolados é uma necessidade das relações que constituem a ordem da mercadoria e do capital, isto é, proprietários privados de distintas mercadorias, como afirma Marx:

“O caráter privado da produção do indivíduo produtor de valores de troca se apresenta inclusive como produto histórico; seu isolamento, sua conversão em produtor autônomo no âmbito da produção, estão condicionados por uma divisão do trabalho que, por sua vez, se funda em uma série de condições econômicas, por obra das quais o indivíduo está condicionado, desde todos os pontos de vista, na sua vinculação com os outros e seu próprio modo de existência” (MARX, 1998, p. 168).

A contradição evidente que aqui se expressa é que o ser social serializado como indivíduo autônomo  se apresenta como homem-massa da ordem econômica que o serializou. Da mesma forma a ordem econômica, social, política e ideológica fundada no capital se apresenta como expressão de um modo de produção e reprodução da vida. Uma vez baseado na propriedade privada, na divisão do trabalho que exige o indivíduo autônomo e no estranhamento, esse modo de produção e reprodução só pode existir pelo trabalho combinado de toda a sociedade em seu conjunto. Portanto, a consciência do ser social como ser social não deriva de um convencimento fundado em ideias e valores coletivos contra o individualismo, mas na existência objetiva do ser social, ainda que subssumido às condições da alienação e da serialidade.

Dito de forma direta: o ser social que se apresenta fragmentado e submetido ao individualismo (base da ideologia da direita e da extrema direita) não deixa de ser uma ser social que pode, em certas condições, ser base para a consciência crítica.

Mas como isso seria possível e qual o papel da disciplina nesse processo? Devemos começar por reforçar o fato que não se trata de uma mera batalha de ideias — não se muda o mundo mudando a fraseologia do mundo, diziam Marx e Engels. A mudança social e a vitória de nossa causa, assim como a “criação em massa de uma consciência comunista”, só pode se dar por um movimento prático. Na mesma direção, Lukács (2013, p. 754) afirmará que “na luta contra o estranhamento, a práxis social tem prioridade absoluta”.

Isto quer dizer que nossa ação começa a partir da luta e da resistência dos trabalhadores contra as diversas contradições que se apresentam no cotidiano da ordem capitalista e burguesa. A concorrência, diziam Marx e Engels (2007, p. 62), isola os indivíduos uns dos outros, apesar de agregá-los. Esses indivíduos singulares formam uma classe “somente na medida em que tem que promover uma luta contra outra classe; de resto, eles mesmos se posicionam uns contra os outros, como inimigos, na concorrência” (idem, p. 63).

É no contexto de lutas coletivas — inicialmente mais particulares e então cada vez mais gerais no amadurecimento da luta de classes — que pode emergir o ser social subjugado pela reificação e se constituir em sujeito histórico. Por isso a disciplina e organização que necessitamos não pode ser a mesma que massifica, mistifica e manipula, resultando em um aprofundamento da serialidade individualista.

Disciplina continua sendo a busca da coordenação das ações, a uniformidade de um bloco coerente e coeso, mas ela não pode ser, como pensava Weber, uma ação na qual “toda crítica pessoal é incondicionalmente  eliminada  e o agente se torna um mecanismo preparado exclusivamente para execução da ordem”. A disciplina que organiza os indivíduos livres do individualismo, que fundam sua personalidade na crítica consciente do mundo e em seu caráter social e histórico, se constrói na capacidade de promover novas relações que sejam base para uma verdadeira consciência de classe. As relações em que se baseia a manipulação exigem que a relação entre os seres humanos seja mediada pelas coisas, pelas mercadorias, pelo mercado, pelo Estado, pelas redes e plataformas, através das quais uma relação entre seres humanos assume a fantasmagórica forma de uma relação entre coisas (Marx, 2013, p. 147).

Uma organização e disciplina que lutem contra o estranhamento fetichista devem arrancar o véu que encobre a relação entre os seres humanos; devem ser, antes de tudo, uma relação humana capaz de recuperar a substância do humano que se alienou nas coisas. No entanto, nossa luta e nossas organizações ainda se dão no terreno das relações sociais existentes e, portanto, em grande medida são determinadas por essa objetividade, o que leva às diferentes deformações burocráticas, hierarquizações de poderes, esterilização do espírito criativo e crítico pelo funcionalismo inepto.

Não podemos construir nossa disciplina e nossos valores com base em relações futuras a serem criadas com a mudança radical da sociedade. Os valores próprios da luta contra a ordem burguesa se fundam nas relações que podemos estabelecer no curso da própria luta, no terreno vivo de nossas organizações, na medida em que consigamos imprimir nelas uma qualidade substantivamente nova e emancipatória, em luta contra a objetividade reificadora e fetichista em que inescapavelmente nos encontramos.

A disciplina de que necessitamos é uma disciplina consciente, na qual o resultado coletivo seja síntese das personalidades e diferenças em que se funda nosso ser coletivo, e não a padronização massificante, na qual o ser coletivo se aliena novamente em algo fora dele — seja este algo a instituição que nós criamos na luta, no sindicato, no partido, no governo ou mesmo em experiências revolucionárias.

Não somos anacrônicos e sabemos que a tecnologia que nos permite novas formas de comunicação pode ser muito útil, e devemos saber utilizá-la. Mas, por mais sofisticada que seja, ela é só um meio que não pode de forma alguma substituir nossas formas presenciais de organização e de luta através das quais construímos o futuro com a matéria podre do presente em crise.

Por isso, repetimos com Brecht nossa convicção:

“Das novas antenas vêm as velhas tolices.
A sabedoria é transmitida de boca em boca”

Referências:

BRECHT, B. As Novas eras. In: Poemas (1913-1956). São Paulo: Brasiliense, 1987.

ELIAS, N. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.

GRAMSCI, A. Cadernos do cárcere, v. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.

GRAMSCI, A. Democracia operária. In: Escritos Políticos, v. 1. Lisboa: Seara Nova, 1976.

LUKÁCS, G. Para uma ontologia do ser social. Volume II. São Paulo: Boitempo, 2013.

MARX, K.  O Capital, livro I. São Paulo: Boitempo, 2013.

MARX, K. Grundisse. Volume III. Cidade do México: Siglo Veinteuno, 1998.

MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. Lisboa: Ed. 70, 1993.

MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã. Sao Paulo: Boitempo, 2007.

MAIKOVISKY, V. A nuvem de calças. In: Antologia poética. São Paulo: Max Limonad, 1984.

SARTRE, J. P. Crítica de la razón dialéctica. Volumes 1 e 2. Buenos Aires: Losada, 1979.

VAISMAN, E. Marx y Lukács y el problema de la individualidad: algunas aproximaciones. In: INFRANCA, A.; DUAYER, M.; VEDDA, M. (orgs). György Lukács: años de peregrinaje filosófico. Buenos Aires: Herramienta, 2013.

WEBER, M. O significado da disciplina. In: Ensaios de sociologia. Rio de Janeiro:  Zahar, 1979.

Imagem: Steve Cutts

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