Terras vizinhas dos Suruí Aikewara mostram importância da demarcação de TIs 5z5i52

Demarcada, a TI Sororó manteve 98,2% de sua cobertura verde, enquanto a não demarcada Twua Apekuowera teve 92% de sua área convertida em pastagem 5t4x3g

ClimaInfo

Enquanto o Senado Federal protagoniza outra “boiada”, dessa vez mirando Terras Indígenas recém-demarcadas pelo governo federal, um levantamento feito pelo InfoAmazonia mostrou a importância da demarcação desses territórios e da atuação dos Povos Indígenas para a proteção do meio ambiente.

O Povo Indígena Suruá Aikewara habita dois territórios no leste do Pará, nas cidades de Marabá e São Geraldo do Araguaia. A Terra Indígena (TI) Sororó, homologada em 1983 é ocupada por oito aldeias. Conjugada a ela fica a TI Twua Apekuowera, que aguarda há 21 anos a conclusão de sua demarcação pela FUNAI, impedindo que os Suruá a ocupem.

Enquanto a TI Sororó manteve 98,2% de sua cobertura florestal entre 1985 e 2023, a TI Twua Apekuowera sofreu um desmatamento intenso, com sua área de floresta  sendo 92% convertida em pastagem. Enquanto a TI Sororó, regularizada, permaneceu quase intacta, a TI Twua Apekuowera, ainda não homologada, foi quase totalmente devastada pela agropecuária.

Ainda de acordo com a reportagem, há atualmente 239 imóveis rurais cadastrados dentro da TI não demarcada, aguardando regularização, de acordo com dados do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (CAR), o que dificulta ainda mais qualquer encaminhamento de demarcação e ocupação pelo Povo Suruá. Um grupo de trabalho chegou a destinar a área aos Projetos de Assentamento Gameleira e Lagoa Bonita, mas as iniciativas não se sustentaram.

“Os fazendeiros foram comprando lote por lote. Agora, não são mais assentamentos, são grandes fazendas. Hoje, ela [terra] está toda degradada, só tem pastagem”, conta Welton Suruí, cacique da aldeia Itahy, da TI Sororó.

Funai, Mapbiomas

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