A Folha e a ‘expressão alheia’ no TikTok. Por Hugo Souza 166825

Num e – mais um – de naturalização da extrema-direita e seus subprodutos, o combate à misoginia e à violência psicológica virou, na Folha, tentativa de silenciar “forças oposicionistas”. 2w1z41

No Come Ananás

Em editorial publicado neste domingo, 18, a Folha de S.Paulo afirma que o “governo Lula gostaria de censurar TikTok e outras redes”. Trata-se de repetição com adaptação da velha – e infundada – ladainha de que regulação da mídia significa ataque à liberdade de expressão, acusação tão repisada pela imprensa corporativa ao longo dos governos do PT. (mais…)

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Brasil – o “sentido” da história. Por Valeiro Arcary qt10

No A Terra é Redonda

Uma das peculiaridades brasileiras é que a classe dominante renunciou a uma revolução burguesa porque temia o desenlace de uma guerra civil, apavorada diante de uma maioria popular negra

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O desafio marxista é elaborar análises que ofereçam uma explicação ao desenlace das lutas sociais do ado. Atribuir “sentido” à história de uma nação não é uma previsão de destino, mas exige uma “régua”. A periodização política pode ser feita utilizando diferentes critérios. O mais instigante, longe de exclusivo, se inspira na luta de classes. Esse é o método marxista. (mais…)

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Uma leitura necessária sobre as identidades. Por Luis Felipe Miguel 3a1o9

Douglas Santos Alves oferece uma boa contribuição ao debate sobre o identitarismo, de uma perspectiva comprometida com a emancipação dos dominados

em Amanhã não existe ainda

A discussão sobre o chamado “identitarismo” é um verdadeiro campo minado – sobretudo para quem deseja tanto reconhecer a legitimidade e a importância das lutas de tantos grupos dominados quanto evitar a redução destas lutas à “identidade”. (mais…)

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Da morte do “São Francisco”, ao retorno para a vida, vejo o “Benjamim Guimarães”! Por José Carlos Costa r6s1e

“O mineiro não tem audácias visíveis. Tem a memória longa. Escorrega por cima. Só quer o essencial, não as cascas. Sempre frequentado pelo enigma, retalhando-o em pedacinhos, como quando pica seu fumo de rolo. Gente muito apta ao reino dos céus. Não acredita que coisa alguma se resolva por um gesto ou um ato, mas aprendeu que as coisas voltam, que a vida dá muitas voltas, que tudo pode tornar a voltar.”

(Guimarães Rosa)

 Pirapora nunca foi uma cidade qualquer. É daquelas que têm o coração batendo do lado de fora: pulsa ao ritmo das águas do São Francisco. E foi ali, em 1926, que o vapor “São Francisco” aportou com o nome que era destino — um nome que, mais que batismo, era pertença. Irmão do “Wenceslau Braz”, vindo também do longínquo Amazonas, foi adquirido pela Companhia Indústria e Viação de Pirapora (CIVP) e, por mais de meio século, desenhou rotas sobre as águas do Velho Chico, transportando vidas, sonhos, histórias… (mais…)

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Trabalho: um mundo invisível. Por Luis Felipe Miguel i5

Nossa vida depende do esforço da classe trabalhadora, mas sua experiência está ausente dos diversos espaços de produção discursiva

em Amanhã não existe ainda

Um dos motivos da baixa qualidade do debate público no Brasil é a quase absoluta invisibilização da experiência vivida da classe trabalhadora. (mais…)

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Papa Francisco, outro Francisco de Assis, peregrino de esperança. Por frei Gilvander Moreira* 5q5f1b

Na madrugada do dia 21 de abril de 2025, no ônibus, voltando de missão no Acampamento Vida Nova, em Jordânia, e da Ocupação Irmã Dorothy, em Salto da Divisa, no Baixo Jequitinhonha, MG, ao ar pela cidade de João Monlevade, voltando para Belo Horizonte, eu fiquei muito comovido ao saber da travessia do nosso querido irmão Papa Francisco[1] para a vida plena. Ele se transvivenciou, se encantou e nos deixou um extraordinário legado de ética, de humanismo, de profecia, de espiritualidade libertadora, de luta pelos direitos humanos, pela ecologia integral… (mais…)

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A morte de Francisco. Por Luis Felipe Miguel 406t57

Eu não acreditava que o papa fosse ser diferente de seus predecessores, mas ele foi

em Amanhã não existe ainda

Quando Bergoglio foi eleito papa, eu não curti. Não que tivesse algo a ver com a história – não sou nem católico, muito menos cardeal, a escolha não era assunto meu. Mas tinha tomado contato com os boatos sobre sua colaboração com a ditadura argentina, que, ainda que nunca tenha sido confirmados, contribuíram para me fazer desconfiar dele. As atitudes que tomou no início do pontificado, como se recusar a habitar o palácio que lhe era destinado para continuar vivendo em um pequeno apartamento ou viajar na classe econômica de aviões de carreira, me pareciam jogadas de marketing. O medíocre filme propagandístico de Fernando Meirelles sobre os dois papas só reforçou essa impressão. Depois dos longos anos de Wojtyla e de Ratzinger, parecia que a igreja nunca seria nada além de um bastião do conservadorismo, com seu setores progressistas fadados ao ostracismo. Bergoglio parecia para mim ser um Wojtyla mis au jour: um reacionário com face humana, adaptado ao tempo das redes sociais. (mais…)

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