Por que o PL 2159/2021 é PL da devastação socioambiental? Por frei Gilvander Moreira 264239

Logo após aprovação no Senado Federal do Projeto de Lei n. 2159, que tinha sido aprovado em 2021 na Câmara Federal, este PL brutal e exterminador das condições objetivas de vida terá que ser votado novamente pela Câmara Federal, porque o PL sofreu várias alterações drásticas para pior no Senado. (mais…) 2o4j2u

Ler Mais

Destruição e doença: o que o agro planta no Cerrado 2de60

O setor prioriza a expansão de lavouras de commodities que são matérias-primas para os ultraprocessados e, de quebra, acelera o desmatamento do Cerrado

Por Anelize Moreira*, especial para o Joio

A área de lavoura no Brasil triplicou entre 1985 e 2020: de 19 milhões para 55 milhões de hectares. Todas as projeções de mercado indicam que o país se consolidará como o maior fornecedor de soja e milho para o mundo. Um relatório da consultoria Agroconsult já prevê o esgotamento da oferta de novas áreas para grãos em algumas regiões do país. (mais…)

Ler Mais

Agronejo: como o sertanejo virou braço cultural do agro e foi usado pela direita 1j632j

Ao incorporar o discurso do agronegócio, a música sertaneja reforça um novo imaginário rural: lucrativo, moderno e poderoso. Já o setor encontra no agronejo uma forma eficaz de comunicar que “o agro venceu”

Por Hélen Freitas*, do Repórter Brasil

EU, EU SOU ROCEIRO, com muito orgulho, do interior. Eu sou boiadeiro, sou puro sangue, do mato, eu sou. O amarelo é a soja, o verde é o pasto, o azul abençoa o branco das cabeça (sic) de gado”. (mais…)

Ler Mais

A natureza como ator político. Por Ricardo Abramovay 5m133c

Reconhecer os direitos da vida não-humana é fundamental – e 24 países já avançaram nessa direção. Outra tarefa é resgatar a biodiversidade nos sistemas produtivos. Brasil tem pesquisa avançada nesta área e poderia liderar a transição rumo a um sistema agroalimentar saudável e sustentável

em Outras Palavras

Não poderia ser mais oportuna a afirmação de Izabella Teixeira, em recente entrevista a Daniela Chiaretti (Valor 7/05), de que a natureza é um ator político. Independentemente de suas consequências imediatas para as discussões que vão ocorrer na COP30, pensar a natureza como ator político traz à tona dois temas fundamentais. O primeiro é de caráter ético-normativo e tem consequências jurídicas importantes no que se refere aos “direitos da natureza”. O segundo tem interesse prático e deve ser pensado à luz da pergunta essencial colocada por Paul Hawken em seu fundamental e recém-lançado livro (Carbon: The Book of Life): as atividades econômicas atuais resultam em mais ou em menos vida? (mais…)

Ler Mais

O agro não é ‘pop’, é catastrófico! 4t1de

O agronegócio, que tem suas bases no modo de produção econômico capitalista, nunca fez uma ‘Revolução Verde’

Por Eduardo Ricetti*, na Página do MST

“O agro não é verde”, afirma o título de um relatório do De Olho nos Ruralistas, publicado em 2022. O dossiê explica que a “posse” da popularidade do agro é “usufruto” da propriedade de latifúndios e do avanço devastador sobre as roças dos povos originários/tradicionais pela indústria madeireira ilegal, pelo garimpo e pelas queimadas causadas por ação humana, seja por fogo, diretamente ateado, seja pela ação do aquecimento global que agrava a extensão dos impactos das queimadas e incêndios florestais. (mais…)

Ler Mais

A ocupação de terras no Brasil. Por Samuel Kilsztajn 40542t

O mesmo gesto que rasgou a floresta para plantar capim ou soja hoje ameaça o futuro do clima e dos povos originários. A grilagem mudou de método, mas não de dono: o ‘desenvolvimento’ ainda se escreve com a mesma tinta da violência de 500 anos

Por Samuel Kilsztajn*, em A Terra É Redonda

O “descobrimento” 5u4x3

No século XVI, depois de invadir terras do além mar, a coroa portuguesa, por direito de conquista, decidiu declarar virgens todas as terras “descobertas”. Para ocupar e istrar a colônia, o Brasil foi dividido em capitanias hereditárias, distribuídas a fidalgos donatários, que ficaram encarregados de doar as terras da coroa, na forma de sesmarias, a nobres, militares e funcionários públicos portugueses. Dominadas, escravizadas, desterradas e, em grande parte, exterminadas, as populações nativas recolheram-se continente adentro. (mais…)

Ler Mais

O “agro” quer carta-branca para a devastação 1pkq

PL da Devastação tramita no Congresso e pode reduzir licenciamento ambiental a mera formalidade burocrática. Ignora a ciência, silencia os povos e tenta apagar territórios inteiros: um terço das Terras Indígenas e 80% dos territórios quilombolas estariam sob ameaça. Como freá-lo?

por Patrícia Kalil, em Outras Palavras

“Os brancos não pensam muito adiante no futuro. Sempre estão preocupados demais com as coisas do momento. É por isso que eu gostaria que eles ouvissem minhas palavras. Gostaria que, após tê-las compreendido, dissessem a si mesmos: “Os Yanomami são gente diferente de nós e, no entanto, suas palavras são retas e claras. Agora entendemos o que eles pensam. Eles ali foram criados e vivem sem preocupação desde o primeiro tempo. O pensamento deles segue caminhos outros que o da mercadoria. Eles querem viver como lhes apraz. Seu costume é diferente. Querem defender sua terra porque desejam continuar vivendo nela como antigamente. Assim seja! Se eles não a protegerem, seus filhos não terão lugar para viver felizes. Vão pensar que a seus pais de fato faltava inteligência, já que só terão deixado para eles uma terra nua e queimada. Impregnada de fumaças de epidemia e cortada por rios de águas sujas!” Davi Kopenawa (mais…) 3n205g

Ler Mais