Chamada para submissões no dossiê: “Palestina no contexto do colonialismo” 626s48

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Nos últimos 100 dias, o mundo observa um “genocídio televisionado”, transmitido ao vivo pelas suas próprias vítimas. O debate público – bem como as ruas – estão tomadas por manifestações de solidariedade, posicionamentos críticos à hubris colonialista, bem como denúncias contra o apoio ir de potências ocidentais como Estados Unidos da América, e, mais recentemente, o caso apresentado pela África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça, em Haia. (mais…)

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Os povos têm o direito de se defenderem do colonialismo. Por Egydio Schwade 1e3v2n

“Em 1969 e 70 ampliei o meu olhar sobre a história dos Kaingang e Guarani de Santa Catarina e do Paraná. História igual a do Rio Grande do Sul. E no Paraná tive notícias da última família do povo Xetá, extinto, como já o foram centenas de povos do Brasil. No mesmo ano um grupo de estudantes jesuítas: Ivo Schoeder, Urbano Müller e Antonio Brand, durante as suas férias foram ver a situação dos Xokleng no vale do rio Itajaí/SC. Por toda a parte a mesma história colonial presente até hoje”, escreve Egydio Schwade, membro-fundador do Conselho Indigenista Missionário — Cimi, em artigo publicado por Blog Casa da Cultura do Urubuí

IHU

O colonialismo é essencialmente perverso. E o Estado de Israel é fruto do colonialismo inglês e americano. No ato de sua criação, em 1948, foram expulsos de sua terra imemorial 750.000 palestinos. E mediante a prática do colonialismo, Israel vem ampliando o seu território. Já são em torno de 500 mil colonos israelenses que se instalaram, à revelia de leis e tratados, em território palestino. Gaza é um “campo de concentração” de refugiados palestinos, resultado do colonialismo de Israel. Foi o que restou ao povo expulso do território hoje ocupado por Israel. Agora já vem falando em expulsar 2.200.000 para o deserto do Sinai. (mais…)

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Um judeu escreve sobre sionismo, judaísmo, racismo e barbárie. Por Ariel Feldman 3h4w2r

As discussões em torno do conflito israelo-palestiniano estão repletas de falácias. É preciso desarmar as extorsões argumentativas e pensar na substância do conflito

No Esquerda.net

Nasci em Israel há 44 anos, sou judeu e vivo na Argentina há mais de três décadas. Desde então, visitei várias vezes o Estado de Israel, caminhei por cidades e aldeias árabes, conversei com os chamados árabes israelitas (palestinianos que permaneceram dentro das fronteiras israelitas após a guerra que se seguiu à auto-proclamação do Estado de Israel em 1948), cruzei os check points e percorri os territórios ocupados. Em particular, caminhei mais de uma vez por Hebron – uma das cidades palestinianas com uma forte presença militar e de colonos israelitas – e conversei com famílias e jovens palestinianos que aí residem. Não tive a sorte de conhecer Gaza. Para alguém com nacionalidade israelita, tem sido praticamente impossível fazê-lo desde há 16 anos. (mais…)

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Brasil: Uma dependência “privilegiada”? Por Valerio Arcary j4ev

Industrialização tardia. Recursos naturais. Mercado interno gigantesco. No século XX, estes fatores e submissão das elites conferiu ao país o status de “semicolônia”, ao contrário de seus vizinhos. Agora, é preciso rever nosso lugar na América Latina

“Tempo e maré, não esperam por ninguém”
Provérbio popular português

em Outras Palavras

Tempo e espaço são duas categorias chaves na análise político-social, e não devem ser desconsideradas por marxistas. Que horas são no “relógio da história”? A história conta e muito. Mas a geografia, também. Aonde estamos na disputa que se desenvolve no sistema internacional de Estados? Qual é o lugar do Brasil no mercado mundial nesta terceira década do século XXI? (mais…)

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Indiana Jones: o arqueólogo mais racista do mundo volta a atacar 2v2xp

Novo – e com sorte último – filme da série insiste no discurso colonialista que valoriza um herói ocidental branco desrespeitoso com as populações locais e deliberadamente ignorante da arqueologia: é Hollywood usando o poder do “entretenimento” para ridicularizar e distorcer culturas e modos de vida daqueles que se mantiveram na natureza, como os povos da Amazônia

por JAQUELINE SORDI, em Sumaúma

“Você o roubou”, diz Indiana Jones. “Depois, você o roubou”, responde o nazista Jürgen Voller. “Depois, eu roubei. É assim no capitalismo”, encerra a conversa, com um sorriso no canto da boca, a personagem Helena Shaw, afilhada do carismático arqueólogo. Essa última frase, pinçada a dedo pelo seu poder de venda, está no trailer do mais recente filme da saga hollywoodiana – Indiana Jones e a Relíquia do Destino. Convicta e bem-humorada, Helena está justificando a posse de um artefato histórico, criado por Arquimedes, que teria o potencial de mudar o curso da humanidade. A única forma de salvar o planeta de uma catástrofe, indica o filme, é deixá-lo em um local seguro – ou seja, nas mãos do charmoso, heroico, aventureiro e estadunidense professor de arqueologia. Calma! Este texto não contém spoilers. De fato, não é preciso avançar muito no enredo para perceber que o recém-lançado longa-metragem repete a surrada fórmula que há mais de 40 anos consagrou Indiana Jones como símbolo da cultura dos Estados Unidos: o uso da narrativa colonialista e racista que reforça estereótipos ao considerar exótico, perigoso e ameaçador tudo aquilo que não faz parte de seus valores e modo de vida – ou que os contesta. (mais…)

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Colonialismo, face oculta da mudança climática 1g6d6n

Mais da metade do CO² atirado à atmosfera foi produzida pelo mundo eurocêntrico – e a pilhagem colonial bloqueia a capacidade de resposta do Sul. É hora de promover a justiça climática global – e há formas muito concretas de fazê-lo

Por Tapti Sen para o Foreign Policy in Focus | Tradução: Maurício Ayer, em Outras Palavras

Pertenço a uma nação em extinção.

Meu país, Bangladesh, é um dos vários que correm o risco de submergir parcial ou totalmente pela elevação do nível do mar, por causa das mudanças climáticas nas próximas décadas. Cerca de 75% do país fica abaixo do nível do mar. (mais…)

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O que é ser mãe para uma mulher negra? 156o2

A pesquisadora Rachel Gouveia os fala, ao PULSO, sobre seus estudos com a saúde mental com aquelas a quem não é dado nem o direito de existir. E reflete sobre a “colonialidade do cuidado”, que as joga à marginalidade da família

por Gabriela Leite, em Outra Saúde

Na segunda metade do século XX, a historiadora Lélia Gonzalez refletia sobre o papel da mãe preta, nos séculos de escravidão no Brasil, e sua importância em ar seu conhecimentos ancestrais, sua linguagem e seu cuidado aos filhos das sinhás. E qual o lugar dessas mulheres, no século XXI? O livro Na mira do fuzil – a saúde mental das mulheres negras em questão, de Rachel Gouveia os, busca puxar esse fio e olhar para as violências a que estão submetidas ainda hoje – também no que diz respeito ao maternar. (mais…)

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