Quem cura a dor das mães negras? 535u62

Em obra a ser lançada neste sábado, Rachel Gouveia os investiga o trauma persistente das mulheres periféricas, que insistem em psiquiatrizar. Capítulo que trata da perda de filhos para a violência policial aponta: “o tomar remédio já começa no cemitério” 1t5g6r

por Rachel Gouveia os*, em Outra Saúde

Algo quase sempre invisível é tema central da obra Na mira do fuzil: a saúde mental das mulheres negras em questão, de Rachel Gouveia os, publicada pela Editora Hucitec, parceira editorial do Outra Saúde. Resultado de sua pesquisa de pós-doutorado, a autora busca tecer uma análise teórica e prática sobre a produção do sofrimento e do adoecimento psíquico vivido pelas mulheres negras do país. (mais…)

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Pochmann: comentário sobre a cegueira nacional 165j3k

Assim como na segunda metade do século XIX, país fecha os olhos às transformações e acomoda-se à mediocridade. Joaquim Nabuco estudou o fenômeno de forma pioneira, mas foi Saramago quem o expôs, com a lâmina aguda da literatura

por Marcio Pochmann, em Outras Palavras

A agem da segunda para a terceira década do século 21 atendeu a uma espécie de viagem às trevas. Força disso tem sido a quarentena da cegueira nacional que parece aprisionar o Brasil à mediocridade das superficialidades e de inconsistências dos discursos e práticas dominantes. (mais…)

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O que é o Brasil? Religião e identidade nacional k5w5e

Estado nacional nunca assegurou os direitos que poderiam constituir uma nação. No vácuo aberto por sua ausência, atuou sempre o cristianismo. E vale reparar: nunca o jesuíta colonial foi tão semelhante a certos pastores…

por Fran Alavina, em Outras Palavras

Talvez as principais perguntas que devamos fazer, neste momento cruento de nossas piores tensões sociais (não nos iludamos, estas tensões e confrontos não podem ser extirpadas com o sopro de uma eleição!), são questões urgentes que sempre acompanham as mais diversas tentativas de construção da identidade nacional, uma pergunta que nunca foi bem respondida: o que é o Brasil? E, por conseguinte, por que as tentativas de uma concepção de nação e sentimento nacional sempre tendem ao discurso da religião dominante socialmente? (mais…)

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Para povos indígenas, repúdio do Vaticano à Doutrina da Descoberta é “apenas um o” 1x539

No IHU

Povos indígenas dos Estados Unidos e do Canadá reagiram de forma mista ao repúdio do Vaticano à Doutrina da Descoberta, uma série de bulas papais do século XV que legitimavam a exploração colonial, concordando que a declaração deveria ser seguida de outras ações.

A reportagem é de Aleja Hertzler-McCain, publicada em National Catholic Reporter, 06-03-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto. (mais…)

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O que podem as políticas públicas num país segregado? 60402c

Herança colonial nunca superada, riqueza e o à terra são ainda mais concentrados do que a renda. Fenômeno inferniza campo e cidades. Para vencê-lo, país precisa da reforma agrária – e de medidas redistributivas radicais

por Marie Madeleine Hutyra de Paula Lima, em Outras Palavras

A aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas exige o respeito à dignidade a todos e direitos iguais e inalienáveis, porém não conseguiu afastar a ideia da supremacia da raça branca e de uma política de segregação social na mente da elite dominante, também no Brasil, apesar das exigências neste sentido contidas na Constituição Federal de 1988. Falta educação política e humanização no país. (mais…)

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Suely Rolnik: Para o Brasil esconjurar o fascismo 4u6r58

Escravista, patriarcal e violenta, formação do país é fértil para subjetividades que querem a brutalização e o extermínio do outro. Saída precisa ser micropolítica, também: libertar nossos inconscientes do narcisismo que se blinda à diferença

Por Suely Rolnik | Tradução do espanhol: Josy Panão, em Outras Palavras

A bestial invasão das sedes dos três poderes da República Brasileira foi um o a mais na escalada de um movimento de extrema direita que começa a mostrar sua cara, em 2005, durante o primeiro governo de Lula. Um movimento resultante da instalação no país da nova modalidade de golpe, própria do capitalismo em sua versão financeira, em que se unem neoliberalismo e um conservadorismo dos mais arcaicos e ferozes. Como descrevo em meu livro Esferas da insurreição.1, a nova modalidade de golpe se dá em várias etapas (a eleição de Bolsonaro em 2018 é apenas uma delas) e está longe de chegar ao fim. Desde que começou a se estabelecer este cenário, temos tentado nos equilibrar numa corda bamba cada vez mais perigosa. (mais…)

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O ultraimperialismo em tempos dantescos. Por Luis Eustáquio Soares 6o1w1r

Ele opera sob um Estado racista, patriarcalista e colonial. Impõe um mundo onde o sol não luz, como diria Dante Alighieri. Promove círculo de angústia a partir de três formas de alienação, inseparáveis do capitalismo. É preciso entendê-las

Outras Palavras

Título original: O ultraimperialismo estadunidense e A Divina Comédia de Dante Alighieri.

“O homem, em realidade, não é, como afirma a lírica aparência da sociedade capitalista, um ser isolado, mas um ser social, cuja vida está ligada por milhares de fios aos outros homens e ao conjunto do processo social.” György Lukács, Crítica, p.361.

Onde o sol não luz 5n1o4p

Qual é a lei geral da história? Marx a formulou assim: “O ser social determina a consciência humana” (MARX, 2008, p. 58). E o que é o ser social hoje? É o modo de produção capitalista mundialmente estabelecido como imagem e semelhança do Pentágono, espelhado em cada ato de compra e venda dolarizado, que amalgama e molda o mundo realmente existente, entrelaçando instituições, crenças, modos de ser, estar e viver, com base na militarização geral das relações sociais. (mais…)

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