O cânone filosófico e os currículos universitários devem ser revisados para que as filósofas deixem de constar somente como cota a ser preenchida nos departamentos. Patriarcalismo, preconceito e misoginia ainda são empecilhos, argumentam pesquisadoras 3z331l
Por: Márcia Junges | IHU
“Com certeza, uma mulher filósofa, por si mesma, ao apresentar suas ideias, desafia e expande as bases da própria filosofia e, por extensão, da filosofia política. Permitindo-me a ironia: ela pensa e, mais, ela diz o que pensa! Que assombro, existem mulheres pensadoras!” A provocação da Profa. Dra. Maria Cristina Müller é reverberada por outra filósofa brasileira, a Profa. Dra. Adriana Delbó: “Que as mulheres não usufruam dos princípios democráticos tanto explicados pela filosofia política, que elas não tenham a mesma liberdade que os homens, que elas não sejam nem sequer devidamente respeitadas e valorizadas são problemas que requerem muito mais do que reivindicações por representatividade.” As declarações fazem parte da entrevista que Maria Cristina e Adriana concederam, por e-mail, ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU, aprofundando aspectos debatidos pela dupla no IHU Ideias de 6 de março, intitulado Compreendendo o nosso tempo. A contribuição das mulheres para a filosofia política. (mais…)