Brutalismo, a fase mais alta do neoliberalismo. Por Amador Fernandez-Savater* 1292a

A economia libidinal do brutalismo não envolve mais repressão ou contenção de pulsões, mas sim desenfreamento, desinibição, dessublimação e ausência de limites. b185j

IHU

“O que é significativo não é o que termina e consagra,
mas o que começa, anuncia e prefigura” (Achille Mbembe)

Em que época vivemos? Como descrever nossos tempos? Algo decisivo está em jogo, para o pensamento crítico, nesta questão dos nomes. Os nomes da época. O mapa de nomes orienta estratégias, indica os movimentos do adversário, revela possíveis resistências. (mais…)

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“Temos a pior ideologia dominante, no pior momento possível”. Entrevista com George Monbiot 2b6o59

IHU

“Imaginemos que os habitantes da União Soviética nunca tivessem ouvido falar de comunismo. É mais ou menos assim que estamos no momento: a ideologia dominante de nosso tempo, que afeta quase todos os aspectos de nossas vidas, não tem nome para a maioria de nós. Se você a menciona, provavelmente, será ignorado pelas pessoas ou, então, reagirão com uma mistura de perplexidade e desdém: “O que você quer dizer? O que é isso?””. (mais…)

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Notas sobre um cenário em desarranjo. Por Luiz Eduardo Soares 3q1h6d

Quanto mais segue a cartilha neoliberal, mais Lula se enfraquece e amplia os riscos de derrota em 2026. O diálogo pode ser um primeiro antídoto. Governo deve expor quem bloqueia as mudanças. E o conjunto da esquerda pode servir-se da palavra para escapar de três tendências desastrosas

Outras Palavras

Difícil escapar dos temas que nos angustiam, sobretudo quando nos desafiam tanto intelectual quanto politicamente. Em retrospecto, parece que foi mais fácil compreender o golpe de 1964 e a transição democrática -com suas virtudes, seus limites, suas contradições- do que os revezes que precipitaram o impeachment golpista de Dilma Rousseff, marcando a ruptura do pacto celebrado em 1988, e culminaram com a ascensão do neofascismo bolsonarista -derrotado por um triz, em 2022, mas ainda um espectro no horizonte a nos assombrar, sobretudo após a vitória de Trump. Mais fácil compreender talvez porque o contemporâneo seja sempre mais desafiador, ou talvez porque nossas categorias estivessem mais ajustadas àquele mundo. O fato é que o quadro geopolítico é dramaticamente complexo, especialmente depois do genocídio em Gaza. (mais…)

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Cozinhas Solidárias: exemplo de resistência frente ao fracasso do neoliberalismo g3o4f

Cozinhas Solidárias amplia organização popular das comunidades brasileiras e movimentos sociais, além de permite o o a segurança alimentar e nutricional

Por Lucas Gertz Monteiro*, na Página do MST

“A tontura da fome é pior do que a do álcool. A tontura do álcool nos impele a cantar. Mas a da fome nos faz tremer. Percebi que é horrível ter só ar dentro do estômago”.
Carolina Maria de Jesus.

Recentemente a extrema direita ou a atacar uma das construções mais importantes do último período na luta pelo combate à fome no Brasil, as Cozinhas Populares e Solidárias. (mais…)

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Novo Ensino Médio está alinhado a uma visão neoliberal e aprofundará as desigualdades educacionais. Entrevista especial com Ângela Both Chagas i5d4v

Para a doutora em Educação, esta reforma representa uma política autoritária e reduz a autonomia das escolas

Por: André Cardoso e Elstor Hanzen, em IHU

Após a luta de estudantes, educadores e movimentos sociais, a reestruturação do Ensino Médio, a partir da Lei nº 14.945/2024, conseguiu amenizar alguns dos danos promovidos pela Lei nº 13.415/2017, que institui o Novo Ensino Médio. “Não houve uma revogação integral da Lei de 2017, mas pontos importantes foram alterados, como a ampliação da carga horária da Formação Geral Básica, comum a todos os estudantes, e a recomposição da obrigatoriedade de componentes curriculares como História, Sociologia, Filosofia, Artes, Educação Física, Biologia”, afirma a doutora em educação, Ângela Both Chagas. (mais…)

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A era de crise psíquica fabricada. Por Vladimir Safatle 2655b

Saber psiquiátrico e sua profusão de diagnósticos patologizam todas as formas de mal estar. Ao fazê-lo, tentam calar as insubmissões à subjetividade neoliberal. Não seria ela a grande adoecedora da sociedade? Quais as brechas para contestá-la?

em Outras Palavras

Há quase dez anos, começamos a desenvolver na Universidade de São Paulo a pesquisa que resultou no livro Neoliberalismo como gestão do sofrimento psíquico. Tal pesquisa foi feita pelo Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise (Latesfip/USP), que congrega professores e pesquisadores do Departamento de Filosofia e do Instituto de Psicologia da nossa universidade. Durante os piores momentos da universidade pública brasileira, lutamos para levar a cabo essa pesquisa como forma de começar a analisar as mutações pelas quais os sujeitos estavam a ar no interior da nova ordem econômica com suas estruturas próprias de brutalização social e violência. (mais…)

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Plataformas digitais mobilizam o que há de mais arcaico nas relações de trabalho. Entrevista especial com Ricardo Festi 8v1n

Com trabalhadores deixados à própria sorte, cabe a cada um gerir seu tempo, seu espaço e seus equipamentos, responsabilizando-se por aquilo que deveria ser papel das empresas e do Estado, destaca o pesquisador

Por: IHU e Baleia Comunicação

A redução da jornada de trabalho voltou à agenda pública após o término das eleições municipais. A pauta, que tem origem no movimento Vida Além do Trabalho (VAT), criado pelo vereador eleito Rick Azevedo (PSOL-RJ), e na proposta da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), já atingiu o número mínimo de s para avançar na Câmara dos Deputados. O projeto pretende pôr um fim à jornada de trabalho 6×1, que tem galvanizado condições de trabalho extenuantes e precarizadas do trabalho. (mais…)

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